Polícia Civil deflagra operação Falcatrua em Belo Horizonte

Polícia Civil deflagra operação Falcatrua em Belo Horizonte




Divulgação/PCMG

Com o objetivo de reprimir os crimes de furto, estelionato e falsidade documental, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou, na última sexta-feira (16/6), a operação Falcatrua. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas cidades de Belo Horizonte e Santa Luzia, na Região Metropolitana.

As investigações tiveram início com a denúncia da vítima, uma mulher de 49 anos, noticiando que, após ter seus documentos subtraídos na região central da capital, estelionatários usaram seus dados pessoais e alteraram a fotografia da identidade dela. Os suspeitos então realizaram inúmeras compras de altos valores e empréstimos bancários, totalizando um prejuízo de aproximadamente R$ 20 mil.

Para realizar compras, solicitar cartões de crédito e empréstimos em diversos bancos em nomes de terceiros, os investigados escolhiam entre as mulheres do grupo criminoso aquelas mais parecidas com as das fotografias dos documentos subtraídos. A partir de então, adulteravam os documentos originais e inseriam fotos das integrantes.

Em seguida, essas mulheres compareciam às lojas, especialmente de eletrônicos e eletrodomésticos, e realizavam compras como se fossem as próprias vítimas. Os empréstimos efetivados em bancos também eram de valor expressivo. Somente um dos contratos realizados foi no valor de R$ 14 mil.

Esquema

O delegado responsável pelo inquérito policial, Alessandro Carlos Rodrigues de Almeida Santa Gema, explica que se trata de um esquema criminoso altamente organizado. "Outras vítimas já foram identificadas, assim como foi apurado que se trata de um esquema formado por diversos integrantes, cada um com funções específicas dentro da associação criminosa", destaca.

O delegado ainda detalha os núcleos da organização criminosa. "Parte dos membros era responsável por praticar os furtos e roubos; outros integrantes, especializados em adulterar os documentos (estes exercem o comando da associação criminosa), colocando fotografias de pessoas do grupo, especialmente mulheres, para levantar menos suspeitas. Estas últimas, após receberem os objetos e o dinheiro, os repassavam aos líderes da quadrilha (entre os quais um homem conhecido como um dos maiores estelionatários da região de Santa Luzia), que em seguida se desfaziam dos bens, revendendo-os por preços menores a receptadores", concluiu Alessandro Rodrigues.

Durante a operação foram apreendidos diversos objetos e documentos para continuidade das apurações, que prosseguem com o propósito de desarticular o grupo criminoso.

Fonte: Polícia Civil de MG