Comandante do Exército expôs pedido golpista de Bolsonaro, diz jornal

Comandante do Exército expôs pedido golpista de Bolsonaro, diz jornal
Antônio Cruz/Agência Brasil - 19.04.2022 O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), à esquerda, e o ex-comandante do Exército, General Freire Gomes, à direita




O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), à esquerda, e o ex-comandante do Exército, General Freire Gomes, à direita
Antônio Cruz/Agência Brasil - 19.04.2022
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), à esquerda, e o ex-comandante do Exército, General Freire Gomes, à direita

O ex-comandante do Exército, general Freire Gomes, relatou a pessoas próximas que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados, incluindo alguns militares da reserva, fizeram apelos às Forças Armadas por um golpe contra a eleição de Lula (PT). As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Oito oficiais-generais revelaram que os relatos eram feitos em conversas pessoais, sem informar o Alto Comando da Força. O ex-chefe militar teria informado a outros militares que sempre respondeu a Bolsonaro e seus aliados que o Exército não embarcaria em aventuras, ainda segundo a Folha.

Freire Gomes e os ex-comandantes Almir Garnier (Marinha) e Baptista Junior (Aeronáutica) foram chamados cerca de dez vezes por Bolsonaro para reuniões no Palácio da Alvorada em novembro e dezembro, após a vitória de Lula.

Todas as reuniões aconteceram fora da agenda presidencial, e suas convocações se davam pelo celular do tenente-coronel Mauro Cid, então ajudante de ordens de Bolsonaro, ou por convocação do próprio ex-presidente.

O Exército teria decidido não apoiar planos golpistas, como pediam os apoiadores e eleitores de Jair Bolsonaro, sem uma posição formal do Alto Comando. Ela teria surgido em conversas espontâneas entre generais.

Mauro Cid afirmou, em delação à Polícia Federal (PF), que Bolsonaro teve planos golpistas, segundo revelou o UOL. Cid acusou Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, de manifestar-se favoravelmente às intenções golpistas durante as conversas.

Em janeiro deste ano, Garnier faltou à passagem de comando da Marinha para o almirante Marcos Sampaio Olsen – um ato inédito pós abertura política no Brasil, depois do período de Ditadura Militar.

Fonte: Nacional