Cronica: DIVAGANDO

AC de Paula (de São Paulo) 

Cronica: DIVAGANDO




Toda e qualquer atitude traz consequências, e este é o ônus da democracia, por vezes vemos prevalecer os absurdos escolhidos pelo povo, e as atitudes de uma justiça de justiceiros mudando o rumo do panorama político, o que faz dos cidadãos tristes seres de narizes vermelhos.

O povo vota por obrigação e sem a mínima consciência do que isso significa, então não analisa a fundo a história dos candidatos, se comove com sua trajetória de vida sofrida, engole as bravatas do marketing eleitoral, e elege condenados, não inocentados, liberados com jeitinho brasileiro, ou endeusa outros que sempre estiveram contra o povo. 

Elege caçadores de marajás, sindicalista agitador, ex-militares expulsos do Exército, enfim, quer encontrar um salvador da pátria para levá-lo à terra prometida que sonhou, mas todos eles só querem chegar ao poder simplesmente para ter mais poder, e o povo, o menos favorecido que se dane. 

Há um dito popular justificável no Brasil, “pra bacana não tem crise” pois a elite sempre se deu bem, os bancos só têm prejuízo quando são administrados para que o banqueiro lucre de outra forma, foi assim na ditadura e em qualquer outro tipo ou regime de governo, não estou inventando, os balanços contábeis desses grupos financeiros são de conhecimento e acesso públicos.

Mas o povo não aprende, continua a escolher representantes baseados nas aparências, na cor partidária, na religião, e time de futebol. Enfim, seja quem for que estiver no comando, temos que arregaçar as mangas e defender os nossos valores, é utópico achar que um dia vai nascer alguém que pense em chegar lá, só para fazer o bem sem olhar a quem. 

A cegonha que traria este bebê foi abatida em pleno voo. Ou melhor ainda, ou pior, essa história da cegonha nenhuma criança engole mais, no entanto, porém, todavia, contudo, entretanto, o eleitor ainda sonha com isso.

Quando se vê uma estrela, ela já morreu a milhares de anos, assim a estrela que segundo consta, guiou o caminho dos reis magos até a manjedoura em que nasceu o salvador, com certeza, se é que existiu, já nem existe mais.

É fato consumado que o vencedor é quem conduz a narrativa dos fatos, parodiando Machado: ao vencedor as batatas! Você já viu algum livro, filme, documentário ou coisa parecida sobre histórias do velho oeste norte americano escrito ou dirigido por Gerônimo, o chefe apache exemplo de resistência.

Ele só entra na narrativa para mostrar que a cavalaria, no fim, sempre vence.

Não sou arauto do Apocalipse, nem um herege, sou apenas um ser pensante, democraticamente e xercendo o livre arbítrio de pensar e escrever o que pensa, divagando.